Das redes sociais à inovação – Uma resenha crítica
Para ler o artigo na íntegra acesse http://www.scielo.br/pdf/ci/v34n2/28559.pdf
As autoras fazem uma abordagem bem interessante sobre redes sociais, pois demonstra de forma clara e objetiva o que seria uma
rede, em termos conceituais e apresenta também como as pessoas interagem entre si, como compartilham as informações e de que forma poderão transformar essas informações para tornar-se conhecimento. Demonstra as diversas colocações conceituais de vários autores, o que nos faz refletir sobre o assunto através de pontos de vista diferentes.
O conhecimento gerado e compartilhado poderá estar relacionado com as áreas científicas, acadêmica, pessoal e de negócios. As autoras enfatizam as relações entre informação, conhecimento, aprendizado nas organizações e inovação. Destaca também que, com os avanços das tecnologias (uso da internet) e das comunicações as relações sociais se tornaram independentes do espaço físico ou localidade.
Na área de negócios deverá ser utilizada como diferencial competitivo e como motor propulsor das inovações dentro das organizações. A junção do conhecimento explícito, aquele que pode ser transferido de forma formal, com o tácito, que é o conhecimento pessoal somado a experiência pessoal, permitirão a criação de novos conhecimentos.
O grande desafio das organizações é fazer com que seus colaboradores compartilhem seus conhecimentos nas redes sociais fazendo com que este procedimento torne-se um hábito. Cultura colaborativa é o que as organizações precisam. Desta forma a organização será considerada voltada para cultura de gestão, inovação e disseminação do conhecimento. Além disso, as organizações não devem apenas criar um banco de dados com informações e conhecimento, mas traduzi-los em ações práticas e que trazem valor para a organização e para os colaboradores.
As autoras descrevem de forma clara a questão dos mitos sobre compartilhamento e conhecimento. Saber usar o conhecimento armazenado de forma favorável e alinhado com os objetivos do negócio é também um grande desafio. Se não houver essa preocupação o conhecimento e as informações poderão não ter nenhuma importância para a organização, pois ela mesma não está preparada e nem usa ferramentas para utilizá-las a seu favor. Não basta apenas ter um ”estoque“ de informações ou conhecimento é necessário torná-los úteis para a organização.
A aprendizagem organizacional é o fruto e objetivo das redes sociais, quando utilizadas de forma organizada e planejada, pois irá resultar em inovações para a organização, onde as pessoas aprimoram continuamente suas capacidades trabalhando juntas em assuntos mais complexos, para dessa forma fazer com que as outras pessoas possam executar uma tarefa que já foi experimentada no passado, sem dificuldades.
As redes sociais estão diretamente ligadas à inovação nas organizações e na disseminação de informações e conhecimento. Essa relação irá potencializar o desenvolvimento das inovações dentro das organizações. Elas são formadas por pessoas que são consideradas como pontos (nós nas redes sociais) e são detentoras de conhecimentos e habilidades. No momento que passam a ser compartilhadas irão se transformar em habilidades organizacionais que resultam no acúmulo de novos conhecimentos e como consequência impulsionará as inovações, dentro das organizações.
As autoras:
Maria Inês Tomaél – Doutora em ciência da informação pela Escola de Ciência e Informação da UFMG e professora do Departamento de Ciência e Informação da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Adriana Rosecler Alcará – Mestranda em educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e professora do Departamento de Ciencia da Informação da UEL.
Ivone Guerreiro Di Chiara – Mestre em administração de bibliotecas pela Escola de Biblioteconomia da UFMG e professora do Departamento de Ciência da Informação da UEL.